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Covid-19 não dá trégua e as ações emergenciais continuam

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Com apoio de parceiros e financiadores,o ISA deu continuidade às ações emergenciais nos territórios onde atua - Rio Negro, Xingu e Vale do Ribeira - estreitando o trabalho de cooperação humanitária no combate à doença em aldeias e comunidades. Saiba mais e consulte nossa página para saber mais sobre nossos apoiadores.

No Rio Negro, por exemplo, o ISA coordenou um amplo esforço logístico com apoio de outras instituições, como a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e diversos profissionais para levar cerca de 15 toneladas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a áreas remotas e de difícil acesso no interior do Amazonas. A doação do Fundo Todos Pela Saúde (TPS), do Itaú Unibanco, saiu de São Paulo (SP) e percorreu cinco mil quilômetros em caminhões, caminhonetes, balsa e avião até alcançar profissionais que atuam no atendimento aos povos indígenas. Articulada pelo ISA, a doação foi direcionada ao Comitê de Enfrentamento e Combate à Covid-19 de São Gabriel da Cachoeira (AM), município brasileiro com a maior concentração indígena do país. Os EPIs também foram enviados aos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, comunidades Yanomami em Roraima e para os Waimiri Atroari. Os materiais, no valor de R$ 2,02 milhões, foram transportados em 1.715 caixas. No total, foram entregues 220 mil máscaras cirúrgicas, sete mil máscaras N95, 150 mil aventais, 100 mil gorros, 400 óculos, 200 viseiras e 300 litros de álcool em gel. Uma das parcerias essenciais foi com o Exército Brasileiro. O transporte do material entre o porto de Camanaus, a 50 minutos do centro de São Gabriel e da sede do ISA, onde o material foi armazenado, foi feito por caminhões e o pessoal da 2ª Brigada de Infantaria de Selva. O ISA apoiou a Foirn também na divulgação de cartilhas contra a violência domésticadurante a pandemia. Em Roraima, a Hutukara divulgou, com apoio do ISA, cartilhas de prevenção à doença, traduzidas para quatro das cinco línguas faladas no território dos Yanomami. Saiba mais aqui https://isa.to/3myeiaa e aqui https://isa.to/2SXEduV

No Xingu, ribeirinhos e indígenas apostaram em telemedicina para garantir acesso à saúde e evitar deslocamentos para fora de suas comunidades. A telemedicina combina tecnologia de comunicação, equipamentos e profissionais de saúde, consultas e exames, tudo feito de forma remota. Nas Reservas Extrativistas do Riozinho do Anfrísio, Xingu e Rio Iriri novos postos de saúde foram inaugurados, com pontos de internet e a contratação de três técnicas de saúde. A iniciativa teve apoio do ISA e foi fruto de parceria das associações de moradores com a Universidade Federal do Pará e a organização Health in Harmony. O rádio, principal meio de comunicação no território, se tornou ainda mais fundamental durante a pandemia e ganhou reforço com os novos pontos de internet na região. Por Whatsapp ou transmitido pelo rádio amador, o Áudio do Beiradão, informativo que atinge um território de mais de cinco milhões de hectares, leva semanalmente informações para ribeirinhos e indígenas do beiradão, como é conhecida a região que fica nas beiras do Rio Xingu. O áudio é produzido pelas associações extrativistas da Terra do Meio em parceria com a Rede Xingu+ e o ISA e traz informações dos parceiros locais sobre ações de combate ao novo coronavírus. Vale ressaltar que os ribeirinhos da Terra do Meio doaram 9,6 toneladas de produtos da floresta como castanha-do-Pará e farinha de coco babaçu a 4 500 estudantes de Vitória do Xingu (PA) e a seus familiares em esforço coletivo que reuniu também indígenas, nutricionistas e organizações da sociedade civil. Saiba mais aqui https://isa.to/35gK5qs e aqui https://isa.to/3hsKqZy

No Vale do Ribeira (SP), continuou a distribuição de EPIs e sete pontos de internet foram instalados em algumas comunidades distribuídos assim: dois para os caiçaras da Jureia, dois para duas aldeias indígenas Guarani e três em comunidades quilombolas para facilitar a comunicação e reforçar a necessidade de permanecer em seus territórios, do uso de máscaras e outros cuidados para evitar a contaminação. Os recursos para isso vieram da Fundação Moore, parceira do ISA há muitos anos em diferentes projetos. Da mesma forma, a Cooperativa dos Agricultores Quilombolas do Vale do Ribeira (Cooperquivale) deu sequência à distribuição de alimentos da roça para comunidades vulneráveis da cidade de São Paulo e de municípios do Vale do Ribeira. Foram 68 toneladas que beneficiaram 12.192 famílias. Vale ressaltar também que a chegada da pandemia paralisou o processo de autorizações de novas roças quilombolas junto ao governo do Estado de São Paulo, ameaçando a segurança alimentar das comunidades. Por isso, o ISA apoiou as associações quilombolas e a Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira (Eaacone) que enviaram ofício ao governo estadual pedindo providências. Daí resultou uma resolução da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que permitiu a abertura, até o momento, de 127 novas roças, em 16 quilombos. Essa autorização vale até 31 de dezembro deste ano, sem o processo burocrático que envolve o licenciamento.

Conheça os parceiros que estão colaborando com o ISA na realização das ações emergenciais de enfrentamento e combate à Covid-19 no site emergenciacovid129.socioambiental.org

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