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As comunidades quilombolas do Vale do Ribeira (SP) cultivam uma grande variedade de sementes e espécies tradicionais. Na imagem acima, o Sr. Domingos, do Quilombo de Nhunguara, torra farinha de mandioca.
Para o plantio da mandioca e de outros cultivos, os quilombolas utilizam o tradicional método da coivara que, para quem não conhece, é um sistema de plantio itinerante em que as áreas cultivadas são submetidas ao "pousio" (descanso). Após a escolha e limpeza da área por meio do corte e derrubada da vegetação, dá-se a queima da matéria orgânica e o posterior plantio.
No Quilombo de Morro Seco, são cultivadas 13 variedades de mandioca. Elas são vendidas in natura, usadas para alimentação e para fazer a farinha comercializada regionalmente. Este ano a Associação Quilombo Morro Seco deve comercializar cerca de *quatro toneladas* de mandioca!
O Quilombo de Bombas, por exemplo, cultiva o milho palha roxa há cerca de 80 anos! Já os quilombos de Pedro Cubas, Cangume, Nhunguara, Sapatu, Pilões e Ivaporunduva, cultivam de quatro a seis variedades de feijão, além de seis variedades de arroz.
Agrobiodiversidade: gente que planta futuro
No último dia 5 de junho celebramos o Dia Internacional do Meio Ambiente. Para comemorar, o ISA preparou um mês inteiro de conteúdos especiais sobre um tema importantíssimo para o futuro do planeta e dos povos: a agrobiodiversidade. O papel dos povos indígenas e populações tradicionais na manutenção da diversidade de espécies cultivadas é a garantia, não só de seu sustento, mas do direito de todos nós a um meio ambiente equilibrado.
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