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Mosaico do Jalapão é criado

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Silvia Futada e Helena Chiaretti

Comemoramos nesta semana a criação de mais um Mosaico de Unidades de Conservação: o Mosaico do Jalapão, entre os estados de Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão. Ele foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente no dia 30 de setembro e soma nove UCs.

Embora inserida parcialmente na Amazônia Legal, o mosaico está sob o domínio do Bioma Cerrado, a maior, mais diversa e mais ameaçada savana do planeta - e o segundo maior bioma no Brasil, aproximadamente 24% do território nacional. Saiba mais sobre o Jalapão

O mosaico de UCs é uma das figuras jurídicas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), e esse, do Jalapão é o 15º mosaico federal a ser criado. Eles são importantes instrumentos de gestão integrada de áreas protegidas, permitindo compatibilizar os diferentes aspectos necessários à conservação de cada uma das áreas e promover a valorização da sociodiversidade regionalmente - o que ajuda a proteger ainda mais as unidades.

A criação desse mosaico no Jalapão vem de um longo processo de articulação no âmbito do Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão, desenvolvido por diferentes instituições do governo federal, pelos estados da Bahia e Tocantins e pelas Prefeituras Municipais de São Félix, Ponte Alta, Mateiros e de Rio da Conceição, entre outras instituições parceiras, e da JICA, agência de cooperação do Japão.

No mesmo ato administrativo, o mosaico teve seu Conselho Consultivo criado e atuará como instância de gestão integrada das UCs, propondo diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar as atividades desenvolvidas em cada Unidade de Conservação. Essas atividades vão desde o acesso e fiscalização até a pesquisa científica, passando por propostas de solução para sobreposição entre unidades. O conselho tem 90 dias para elaborar seu regimento interno.

O Mosaico do Jalapão surge com a missão de promover a integração e a conectividade entre as áreas protegidas, instituições e comunidades da região do Jalapão, favorecendo o modo de vida e a cultura das populações tradicionais, o desenvolvimento econômico e social sustentável e a conservação da biodiversidade.

Conheça as peças que compõem esse mosaico

Federais sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação

Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba (749.848 hectares)
Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (716.306 hectares)
Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga (35.328 hectares)
Reserva Particular do Patrimônio Natural Catedral do Jalapão (325,65 hectares), é UC privada

Estaduais, sob a gestão do Instituto Natureza de Tocantins (Naturatins)

Parque Estadual do Jalapão (158.885 hectares)
Área de Proteção Ambiental do Jalapão (461.730 hectares)

Estaduais, sob a gestão da Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema)

Estação Ecológica do Rio Preto (4.536 hectares)
Área de Proteção Ambiental do Rio Preto (1.146.161 hectares)

Municipal, sob a gestão da Secretaria de Municipal de Meio Ambiental de São Félix do Tocantins

Monumento Natural dos Canyons e Corredeiras do Rio Sono (1.457 hectares).

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