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Parque Nacional da Chapada Diamantina comemora 30 anos em meio a incêndios

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Luana Lopes de Lucca

Guardião de um acervo biológico e geológico “único”, o Parque Nacional (PARNA) da Chapada Diamantina completa hoje (18/9) 30 anos de criação, mas sofre com incêndios florestais.

De acordo com notícias publicadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nessa semana o PARNA sofreu com incêndios que atingiram 9 hectares da área do parque, comprometendo pontos altos da unidade e afetando áreas abertas à visitação, como a trilha Capão-Vale do Pati e a trilha do Esbarrancado, ambas localizadas em Palmeiras (BA). Os focos de calor iniciaram-se na sexta-feira (11) e durante toda a semana servidores do ICMBio, brigadistas, bombeiros e voluntários trabalharam para debelar as chamas. Os gestores da unidade afirmam, em outra notícia, que 99% dos casos de fogo registrados na região são provocados por ação do homem.

Apenas na quinta-feira (17/09) a situação foi controlada. Segundo informações do chefe-substituto do PARNA, Cesar Gonçalves, o fogo na região de Gerais do Vieira está extinto e apenas alguns focos de fumaça resistem, em pontos mais altos da Serra do Roncador.

Localizado na caatinga, no estado da Bahia, o parque protege uma área de mais de 152.000 hectares relevante para a preservação do ecossistema da Serra do Sincorá, especialmente suas nascentes. Ele protege também o Rio Paraguaçu, que abastece grande parte da região; uma variedade de espécies, como o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), a onça-pintada (Panthera onça) e o tatu-canastra (Priodontes maximus); e lugares de importância histórica e cultural.

O PARNA da Chapada Diamantina foi criado por meio do Decreto n° 91.655. Segundo o plano de manejo da unidade, sua história envolve a passagem de bandeirantes em busca de ouro, pedras preciosas e índios para escravização. A área do parque sofreu com a colonização pelo garimpo, que promoveu uma ocupação intensa e desordenada, responsável por acelerar processos erosivos e de assoreamento de cursos d’água.

Com a decadência da atividade minerária, o turismo emergiu como alternativa econômica para região, intensificado pela criação do Parque em 1985.

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