Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.
Sérgio Camargo fez declarações discriminatórias em áudio; no Twitter, ele reafirmou sua posição; veja essa e outras notícias no Fique Sabendo
A Fundação Educafro ingresso com uma representação no Ministério Público Federal pedindo a abertura de uma ação penal pelo crime de racismo contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo. A Defensoria Publica também entrou com um pedido de tutela provisória de urgência para retirá-lo da presidência da Fundação Cultural Palmares. Em declarações vazadas em um áudio, Camargo discrimina racialmente integrantes de religiões de matrizes africanas. Em dezembro de 2019, a Justiça Federal do Ceará acatou um pedido de ação popular determinando a suspensão da indicação de Sérgio Camargo, mas o Superior Tribunal de Justiça reverteu a decisão atendendo a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). Ontem (4/6) à noite, em sua conta do Twitter, Sérgio Camargo se pronunciou: “Não há nenhuma novidade nos áudios ilegais vazados. Reafirmo tudo o que venho dizendo há dois anos nas redes. É mera exibição de coerência e autenticidade.” Em seu perfil, ele se apresenta como “negro de direita, antivitimista, inimigo do politicamente correto, livre”, com um disclaimer ao lado de sua foto “Seus valores importam, sua cor não!’,
No contexto de uma pandemia que nos assola e mata por falta de ar, onde tantos olhos e frentes buscam minimizar o risco dessa doença à humanidade, um policial branco usa seu próprio corpo para asfixiar outro homem, negro, até a morte, sem que ouvi-lo repetir por mais de 8 minutos “Eu não consigo respirar” o faça mover-se dali. Na semana em que diversos países juntam-se aos protestos que ocupam as ruas de dezenas de cidades nos Estados Unidos contra o racismo estrutural que tirou a vida de George Floyd e dilacera tantas vidas negras diariamente, ouvimos do presidente da Fundação Cultural Palmares, via áudios vazados, que o movimento negro é "escória maldita" e Zumbi "filho da puta que escravizava pretos", além de críticas ao Dia da Consciência Negra e do uso do termo "macumbeira" para se referir a uma mãe de santo.
A Fundação Palmares é uma instituição pública cuja missão é atuar no combate ao racismo, na promoção da igualdade, na valorização, difusão e preservação da cultura negra; pelo exercício à cidadania por meio dos direitos e garantias individuais e coletivas da população negra em suas manifestações culturais; e pela diversidade, no reconhecimento e respeito às identidades culturais do povo brasileiro, e atuou em consonância com o movimento negro na garantia de direitos em muitos momentos da história brasileira. Movimentos negros e historiadores já haviam denunciado o desvirtuamento das funções institucionais da Fundação Cultural Palmares, que inclusive, em maio, usou suas redes sociais e site para publicar textos atacando a memória de Zumbi, classificando-o como "herói da esquerda racialista; não do povo brasileiro”.
Em 10 anos, o Instituto Hórus restaurou 200 hectares de restinga, uma vegetação nativa típica de regiões litorâneas. Para isso, foram retirados mais de 370.000 pinus invasores da área. Na semana do dia da educação ambiental, destacamos a exitosa iniciativa de uma organização da sociedade civil. Nesse período, o Instituto Hórus atuou formando e capacitando um grupo de voluntariado que atua com a restauração da biodiversidade em um parque natural municipal. No Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC), um estudo mostra que um terço de toda a área do Parque estaria ocupada por pínus invasores em 2028 caso o programa não tivesse sido implementado, comprometendo a biodiversidade, os processos ecossistêmicos e a paisagem deste importante atrativo e patrimônio natural.
Leia mais sobre essa experiencia exitosa aqui.
Veja o filme e as imagens incríveis que comprovam o êxito dessa iniciativa!
A Frente Parlamentar Ambientalista anunciou para hoje, dia 5 de junho, o protocolo de um novo pedido de impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O desvirtuamento das funções institucionais é generalizado em diversos ministérios do governo Bolsonaro: o principal motivo do pedido do impeachment é a estratégia de Salles revelada no vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que ele diz querer "aproveitar esse período de pandemia para passar a boiada” e simplificar as normas ambientais por decreto.
Ontem, 04/06 o ministro do Meio Ambiente, revogou o Despacho nº 4.410/2020 publicado no Diário Oficial de 06/04/2020: vinculada a parecer da AGU, o despacho permitia que fossem cancelados autos de infração ambientais. Em maio, o Ministério Público Federal, a SOS Mata Atlântica e a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa) haviam protocolado a ação civil pública pedindo a nulidade do Despacho. O ministro disse que invalidou o despacho porque o governo decidiu ingressar com Ação diretamente no no Supremo Tribunal Federal. Veja aqui.
Ontem à noite a 1ª Câmara Reservada do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo, abriu prazo de cinco dias para Ricardo Salles se manifestar em processo de improbidade administrativa na elaboração e aprovação do plano de manejo da APA Várzea do Rio Tietê, quando foi secretário deMeio Ambiente na gestão Alckmin.
O Pará adotou medidas de relaxamento de sua quarentena em plena ascensão dos casos da Covid-19 no Estado. A medida gerou questionamentos por parte do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União, que insistem que a Justiça determine o fechamento do comércio e outras atividades não essenciais. As entidades alegam que a flexibilização não atende os critérios estipulados pela OMS Segundo dados disponibilizados pelo próprio estado. A situação atual é alarmante, uma vez que no estado inteiro, até o momento, 87,21% de leitos de UTI exclusivos para COVID-19 estão ocupados.
Para se proteger do avanço da doença, comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas do Pará se submetem a medidas de isolamento e se abrigam em seus territórios.
Há 28 anos, as lideranças Yanomami Davi Kopenawa, Geraldo K., Levi Hewakalaxi apresentavam um manifesto exigindo o respeito aos direitos indígenas no contexto da ECO 92: “Nós Yanomami queremos que os brancos respeitem nosso conhecimento e nossa palavra (...) Temos que defender juntos nossas florestas, nossa caça, nossos peixes, nossas montanhas, nossos pajés que vivem nos lugares sagrados nós queremos ter respeitado o fundo da terra onde moram espíritos perigosos que defendem os Yanomami e toda a vida do planeta”. Conhecida também como Rio-92 por ter sido realizada no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento fez um balanço dos desafios em escala global e gerou diversos entendimentos e documentos que orientaram por muito tempo as discussões ambientais. Leia aqui o documento.
Tragicamente, hoje, 28 anos depois, após a conquista de garantias constitucionais e implementação de direitos, os povos indígenas, quilombolas e tradicionais revivem sua luta, em meio a derrocada que o Governo Bolsonaro promove sobre a agenda socioambiental no Brasil. Nesta semana o Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kwana lança campanha pela retirada urgente de 20 mil garimpeiros ilegais de seu território que, segundo estudo, pode fazer com que quase 40% dos Yanomami que vivem em áreas de garimpo podem ser contaminados pela Covid-19.
Infelizmente as palavras de 28 anos atrás seguem valendo: “Nós temos o direito de viver como qualquer um.”
A cópia do manifesto foi enviada pela CCPY, Comissão pela Criação do Parque Yanomami, ao CEDI, Centro Ecumênico de Documentação e Informação, que antecedeu o ISA.
A situação da Terra Indígena Yanomami é uma das mais dramáticas na pandemia da Covid-19. Estudo do ISA e UFMG mostrou que a vulnerabilidade da TI é a maior da Amazônia. Elaborado pelo ISA, o mapa mostra quais as regiões mais críticas dentro do território, analisando a situação de cada polo-base (o equivalente a postos de saúde, dentro da saúde indígena). O modelo usa dados enviados pelos Yanomami, que têm feito um monitoramento próprio sobre o avanço da doença entre seu povo, que já fez três vítimas e tem 55 casos confirmados. Saiba mais na campanha #ForaGarimpoForaCovid.