Você está na versão anterior do website do ISA

Atenção

Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.

Mulheres indígenas do Xingu se unem em defesa dos seus direitos e territórios!

Programa: 
Versão para impressão

Mulheres das terras indígenas da bacia do Xingu se encontraram para falar sobre as ameaças que pairam sobre seus territórios e reafirmar sua luta para a proteção de seus povos

Durante a Segunda Marcha das Mulheres Indígenas, que aconteceu em Brasília entre 07 e 11 de setembro de 2021, mulheres indígenas de várias partes da bacia do rio Xingu, que atravessa os Estados do Mato Grosso e Pará, se reuniram para compartilharas dificuldades que enfrentam em suas regiões, reforçar a importância da participação das mulheres na luta contra as ameaças aos direitos indígenas e unir forças em torno de uma aliança de mulheres da bacia do Xingu. Juntas, assinaram uma carta reafirmando suas demandas e sua luta conjunta.

Estavam presentes mulheres de vários povos indígenas, representadas por nove associações: ATIX, que representa os 16 povos que habitam o Território Indígena do Xingu, a AIK, do povo Kisedjê, a AIPHX, do povo Xipaya, a ABEX, do povo Xikrin da Trincheira Bacajá, a Kowit, do povo Arara, a Associação Tato'a, dos Parakanã e as três associações Kayapó: Instituto Kabu, Associação Floresta Protegida e Instituto Raoni.

Leia a carta aqui.

No documento, as mulheres alertam para o aumento das invasões de grileiros, garimpeiros, pescadores, madeireiros e caçadores. Elas também afirmam que não confiam no governo e que os brancos querem dividir seu povo. “Mas nós mulheres sabemos que somos todas parentes e não aceitamos divisões”, diz a carta.

A Segunda Marcha das Mulheres Indígenas reuniu 4.000 mulheres em Brasília. Entre suas várias pautas, elas reforçaram a luta contra o Marco Temporal - julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e que vai definir o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil. Também marcharam contra os projetos contrários aos direitos indígenas, como o PL 490.

“Não é fácil deixarmos nossos filhos e netos na aldeia para participar dos movimentos indígenas, mas estamos aqui porque sabemos da importância de nossa luta e isso nos fortalece ainda mais”, afirmam as mulheres na Carta.

Veja as fotos abaixo:

Imagens: 

Comentários

O Instituto Socioambiental (ISA) estimula o debate e a troca de ideias. Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião desta instituição. Mensagens consideradas ofensivas serão retiradas.