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Mulheres Xavante e diretoria da Associação Rede de Sementes do Xingu se encontraram para fazer balanços e discutir perspectivas do trabalho com as sementes
Coletoras de sementes da Terra Indígena Marãiwatsédé participam de reunião de avaliação anual e planejamento 2017 na aldeia Marãiwatsédé, no município de Bom Jesus do Araguaia (MT), com as diretoras da Associação Rede de Sementes do Xingu.
Esta atividade teve como foco avaliar todos os processos vividos pelo grupo na produção de sementes em 2016, ano de intensa produção. Também foram debatidos o potencial do grupo, metodologia e possibilidade de novos pontos de coleta, beneficiamento e qualidade das sementes, entrega da produção e comunicação. As coletoras contaram que tem grande dificuldade em entender os processos da Rede, principalmente as entregas das sementes previamente solicitadas - chamado de "potencial". "As mulheres querem coletar o que acham na mata e não o que está no papel", conta Carolina Xavante.
Esse é um dos gargalos que a Rede enfrenta com o grupo. Esses encontros, portanto, são importantes para discutir conjuntamente o funcionamento da Rede e a participação de cada coletor nesse processo. A Operação Amazônia Nativa (Opan) organização indigenista que trabalha na aldeia e parceira da RSX se comprometeu a auxiliar nesse diálogo.
Pi’õ Rómnha/ Ma’ubumrõi’wa
O grupo Pi’õ Rómnha/ Ma’ubumrõi’wa, das coletoras Xavante da Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada no município de Bom Jesus do Araguaia, destina todas as sementes coletadas para a restauração das áreas dentro e adjacentes à TI. O grupo começou em 2011 quando coletores da ARSX visitaram a aldeia e apresentaram o trabalho aos Xavante, abrindo a possibilidade de criar um grupo de coleta e venda das sementes.
Hoje participam 60 mulheres coletoras e seus familiares e, além de ser uma importante alternativa socioeconômica, o trabalho com as sementes é uma forma de se apropriar e proteger o território, ameaçado por invasões e intensamente desmatado.