Situação do povo Awá-Guajá é denunciada à OEA

Em um momento de fortes ataques aos direitos territoriais indígenas, a Survival International e o Conselho Indigenista Missionário retomam a campanha em defesa das terras indígenas do povo Awá-Guajá, no Maranhão.

Encaminhada essa semana à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA, uma petição urgente pede que o estado brasileiro seja responsabilizado por não expulsar os ocupantes não indígenas, entre madeireiros, fazendeiros e colonos, das terras em que vivem os Awá-Guajá.

Além de uma população de 365 pessoas, recenseadas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), estima-se que cerca de 100 Awá-Guajá vivem isolados na floresta, sem contato regular com a sociedade nacional. Embora tenha suas terras demarcadas, estas sofrem com a constante ocupação ilegal e permanente por ocupantes não indígenas.

Em novembro de 2012, uma campanha internacional já havia sido levada a cabo pela ONG; mesmo tendo logrado encaminhar mais de 50.000 assinaturas ao Ministro da Justiça em favor da desintrusão, não tiveram sucesso em barrar as ameaças contra as terras indígenas awá-guajá.

A TI Awá, entre as quatro terras em que vivem os Awá-Guajá, é a que mais tem sido impactada pelo avanço dos invasores ilegais: ela já teve 30% de sua cobertura vegetal desmatada. Acompanhe no infográfico ao lado o crescimento do desmatamento nas TIs Awá.

A Reserva Biológica do Gurupi, que também compõe as áreas de ocupação tradicional dos Awá-Guajá, já foi considerada a UC mais ameaçada de toda a Amazônia. A Reserva já perdeu 763.9 km2 para a insaciável indústria ilegal da madeira, o que representa aproximadamente 28% de seu território (INPE/Prodes 2012).

Conheça os principais pontos da petição da Survival International.

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