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UCs em chamas

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Silvia Futada e Francisco D'Albertas

O INPE registra: em 2012 houve um aumento de 53% no número de focos de calor no território nacional. Até 30/10 deste ano, foram contabilizados 169.484 focos de calor acumulado. Neste mesmo intervalo de tempo, em 2011, eram 110.748 focos – o que, à época, representava uma queda de 37% em comparação a 2010.

Essa realidade não é diferente nas Unidades de Conservação. Comparando os meses de setembro e outubro de 2011 e 2012, vê-se que o número de focos de calor acumulados em 2012 foi quase 2,5 vezes maior que em 2011: saltou de 12.147 para 29.963.

O quadro, contudo, pode ser ainda pior. O número de focos apresentado diz respeito apenas ao total parcial de focos, detectados por um único satélite. Segundo o INPE, estes dados são mais consistentes e, por isso, são usados na comparação espacial e temporal dos focos ao longo dos anos. (Fonte: INPE/2012, acesso em 30/10/2012).

Recordistas em queimadas
As UCs federais que mais vêm sofrendo com as queimadas neste ano são os Parques Nacionais (Parnas) do Araguaia, Nascentes do Rio Parnaíba e da Serra da Canastra; as Estações Ecológicas (ESEC) Uruçuí-Una e Serra Geral do Tocantins; e a Área de Proteção Ambiental (Apa) Meandros do Rio Araguaia. Todas elas apresentaram mais de 1300 focos de calor acumulados até o final de outubro. Nesta lista, o Parna do Araguaia e a Estação Ecológica Uruçuí-Una são os recordistas, com 6.938 e 4.272 focos respectivamente. No ano passado, apenas os Parques Nacionais do Araguaia e Nascentes do Rio Parnaíba tiveram uma incidência maior do que mil focos de calor.

É importante lembrar que nem sempre o impacto direto do fogo pode ser relacionado exclusivamente ao número de focos de calor. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, por exemplo, acumulou até o final de outubro 5.669 hectares de área atingida por incêndio, segundo o próprio ICMBio, mesmo tendo sido alvo de apenas 75 focos de calor.

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