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Participantes apresentaram mapas mentais, informações sobre a organização socioeconômica das comunidades, além de experiências de manejo, como o da pesca no Rio Marié
Financiado pelo Projeto Participativo dos Povos Indígenas (PDPI) e executado pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), o curso é direcionado para lideranças indígenas das cinco coordenadorias da Foirn: Coordenadoria das associações Baniwa e Coripaco – CABC, Coordenadoria das associações indígenas do Médio e Baixo Rio Negro – Caibrn; Coordenadoria das organizações indígenas do distrito de Iauaretê - Coidi, Coordenadoria das organizações indígenas dos rios Tiquié e Uaupés – Coitua e Coordenadoria das associações indígenas do Alto Rio Negro e Xié – Caiarnx. Funcionários públicos da Coordenação Regional (São Gabriel) e coordenação técnica local (Santa Isabel) da Funai, do ICMBio, um representante da organização não governamental Rios Profundos e lideranças Yanomami de Maturacá e do Rio Marauiá também participaram dessa etapa.
Os assuntos trabalhados no terceiro módulo, que foi conduzido pelo consultor Lucas Lima e por Wilde Itaborahy, do ISA, ambos geógrafos, além de recapitular as discussões dos dois módulos anteriores e foram direcionados para os instrumentos de gestão e implementação da PNGATI (Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas) e para os que já estão sendo construídos na região do Alto Rio Negro. São eles: levantamento de dados cartográficos com orientação espacial, introdução ao conceito de coordenadas geográficas, linhas imaginárias e os graus do planeta Terra, escala e as formas de representação (ponto, linha, polígono), análise de conjuntura dos mapas mentais - elaborados no segundo módulo, introdução ao posicionamento global por satélite e funcionamento de aparelho GPS; exercícios práticos na utilização do GPS durante caminhadas em São Gabriel da Cachoeira; levantamento e diagnósticos participativos: pesquisa intercultural, com palestras sobre a realização de levantamento participativo nos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro e manejo pesqueiro na região do Baixo Uaupés.
As principais discussões na semana se pautaram na apresentação que os participantes fizeram relacionada aos mapas mentais elaborados em suas regiões, trazendo informações valiosas sobre as organizações socioeconômicas das comunidades bem como relatórios de atividades relacionadas às reuniões comunitárias com a finalidade de apresentar a proposta da política nacional de gestão territorial e ambiental em Terras Indígenas e sobre seu objetivo.
Modelos de diagnósticos para o Rio Negro começam a ser elaborados
Outro ponto em destaque foi o entendimento dos diferentes instrumentos que podem ser utilizados para o plano de gestão, sendo o manejo um deles. Experiências de manejo de pesca, que vêm sendo desenvolvidas com o trabalho sistemático dos Agentes Indígenas de Manejo Ambiental, na região do Baixo Uaupés e Tiquié foram apresentadas. A coordenação regional da Funai/São Gabriel da Cachoeira e o Instituto Socioambiental expuseram o diagnóstico, planejamento e processo de implementação de ordenamento pesqueiro do Rio Marié, região do Médio Rio Negro.
No final dessa terceira etapa, os cursistas iniciaram o processo de elaboração de modelos de diagnósticos, para o Rio Negro, a partir da reflexão sobre as apresentações de modelos elaborados em oficinas realizadas entre os Agentes Indígenas de Manejo Ambiental do Alto Rio Negro. Como última atividade os grupos de trabalho foram formados por coordenadorias regionais, atentando para as especificidades das calhas de rio, com o objetivo de elaborar modelos de questionários para o diagnóstico, a ser aplicado, experimentalmente, durante as atividades de dispersão e apresentado e aprimorado no último módulo, a ser realizado no segundo trimestre de 2015.