Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.
Cerca de 300 pessoas dos nove estados da Amazônia Legal Brasileira participaram da assembleia, sendo 130 delegados indígenas. Os participantes discutiram políticas públicas governamentais, realizaram trabalhos em grupo, pactuaram caminhos de mobilização e elegeram uma nova coordenação. Paralelamente ao evento, no mesmo local, aconteceu o I Encontro dos Povos Indígenas do Mato Grosso, onde se debateu a criação de uma associação indígena que representasse os povos indígenas do estado. Ao unir os dois eventos, os organizadores buscaram articular e fortalecer o movimento indígena da região do Mato Grosso e estreitar a relação entre a Coiab e sua base.
A assembleia se iniciou com um relato sobre os trabalhos realizados da gestão 2009 a 2013 e com informes sobre as conjunturas locais pelas lideranças indígenas. Em seguida, discussões e propostas abordaram temas como gestão territorial, direitos dos povos indígenas, conjuntura política atual, etnodesenvolvimento e sustentabilidade, saúde indígena, exposição de modelos organizacionais e associativistas e captação de recursos além de juntar lideranças de diferentes contextos amazônicos. Uma comissão formada na assembleia sistematizará as discussões e enviará aos representantes de cada região da Coiab para que os trabalhos sejam continuados.
A eleição da nova coordenação foi um dos momentos centrais do encontro e contava com quatro candidatos: Sonia Guajajara, Lucio Terena, Jader Marubo e Max Tukano. Sonia terminou retirando sua candidatura devido a compromissos firmados com a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e Max terminou sendo o único candidato a coordenador. A assembleia elegeu então para a gestão 2014-2017 a seguinte coordenação: Max Tukano -coordenador geral; Lourenço Krikati -vice coordenador; João Neves Galibi - secretário; Francinara Baré -tesoureira.
Ao final, os participantes da assembleia divulgaram uma carta aberta. Leia aqui
Tukano, do clã Yiîrãpe Porã, nascido na comunidade de Ananás, Maximiliano Correa Menezes, conhecido por Max, tem uma trajetória de 30 anos no movimento indígena do Rio Negro, no noroeste amazônico. Sua comunidade de nascença fica no Rio Uaupés, na Terra Indígena Alto Rio Negro. Sua atuação começou na Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) onde foi diretor entre 1993 e 1996, sendo reeleito em 1997 até 2000. Foi conselheiro e presidente do Conselho Diretor da Foirn e entre 2009 e 2012, elegeu-se vice-presidente da organização. Atualmente é o coordenador do setor de educação da Foirn.
Ao lado de um vice-coordenado Krikati, com experiência na Coapima (Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão), de um secretário Galibi, com trabalhos no Estado do Amapá e de uma tesoureira Baré que já trabalhou na Coiab, a chapa eleita assume os desafios da Coiab para os próximos quatro anos, de 2014 a 2017.
Para saber mais mais veja:Uma nova COIAB nascerá na aldeia Umutina e
“Feixe de vara”, símbolo de união e resistência dos povos indígena de Roraima é entregue à nova Coordenação da COIAB