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O futuro dessa área onde o rio faz uma curva de 100 km, a chamada Volta Grande do Rio Xingu, ainda é incerto. Os estudos de impacto ambiental hidrelétrica de Belo Monte não dão conta de concluir os reais impactos da redução do fluxo de água neste trecho do rio que será barrado e que abriga uma das maiores diversidades ambientais do planeta.
Este conjunto de incertezas mobilizou os 18 integrantes da expedição que partiu esta semana do porto de Altamira. A bordo de três embarcações o grupo empreendeu a primeira etapa da viagem, que deve durar duas semanas. A expedição irá percorrer vários pontos do rio, incluindo as áreas de pedrais e cachoeiras ondem vivem centenas de espécies de peixes ornamentais - muitos deles só existem nesta região do mundo. A ideia é que o grupo ainda volte ao Xingu por mais duas vezes, para documentar as espécies tanto na seca como na cheia do rio.
Liderados pelo professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Leandro Sousa, e pelo pesquisador Mark Pérez, da Academy of Natural Sciences (ANSP) que financia parte da pesquisa, o grupo promete voltar da primeira viagem com registros importantes da rica biodiversidade ameaçada pela construção de Belo Monte.