Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.
O projeto Volta Grande, da mineradora Belo Sun, fica no Rio Xingu, em um trecho logo abaixo da barragem de Belo Monte. A Belo Sun pertence ao grupo canadense Forbes e Manhattan e aguarda o parecer da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará (Sema-PA) para iniciar a execução da obra. A decisão do Coema é etapa necessária para que o projeto da Belo Sun consiga autorização ambiental.
A reunião começa às 10h da manhã, horário de Brasília, na sede da Secretaria do Meio Ambiente do Pará, SEMA-PA. (Acompanhe ao vivo pela Mídia Ninja)
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação no último dia 13 pedindo a suspensão imediata do licenciamento ambiental da mina de ouro. O MPF afirma que o licenciamento é irregular porque está sendo conduzido sem exigência dos estudos de impacto sobre os indígenas que moram na área.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) já tinha encaminhado termo de referência para a contratação dos estudos específicos desde janeiro deste ano, mas a empresa responsável pelo empreendimento ignorou a solicitação do órgão. (Leia mais)
Em agosto último, indígenas da etnia Juruna encaminharam para a Sema uma solicitação de consulta livre, prévia e informada sobre o empreendimento, antes da autorização ambiental. O governo do Pará não respondeu a solicitação. Uma representante da TI Paquiçamba participa da reunião de hoje com o objetivo de reiterar a solicitação de consulta por parte dos indígenas. (Leia a carta divulgada pelos indígenas)>Veja a localização do projeto no mapa abaixo.
O projeto tem cifras grandes. A página da internet da Belo Sun informa que em 12 anos a empresa pretende produzir 50 toneladas de ouro e faturar mais de R$500 milhões por ano.
O projeto terá que utilizar imensa quantidade de cianeto, material altamente tóxico, e formar uma montanha de materiais quimicamente ativos com um volume equivalente a duas vezes o tamanho do morro do Pão-de-Açúcar, que deverá ficar às margens do Xingu.
Em janeiro, o ISA já havia enviado um parecer técnico a Sema pedindo a inviabilidade da obra.
Mais informações para a imprensa:
Instituto Socioambiental ISA - Letícia Leite (61) 8112-6258
leticialeite@socioambiental.org
Ministério Público Federal – PA Helena Palmquist (91) 3299-0148
helena@prpa.mpf.gov.br
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