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Em novo vídeo, ruralista volta a desqualificar índios e gays e ofende também negros e sem terra

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Flagrante mostra que discurso de ódio do líder da bancada ruralista na Câmara, Luís Carlos Heinze, não foi um ato isolado
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Em um novo vídeo que circulou nesta semana na internet, o líder da bancada ruralista na Câmara, deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), volta a desqualificar índios e gays e ofende também negros e trabalhadores rurais sem terra. A gravação foi feita no dia 7 de dezembro, em um leilão realizado em Campo Grande (MS) para arrecadar recursos para contratação de seguranças nas fazendas do estado.

O novo flagrante revela que o discurso de ódio de Heinze contra minorias não foi um "deslize" e pode ser considerado recorrente. No vídeo, ele diz que no gabinete do secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, estão abrigados “índios, negros, sem terra, gays, lésbicas; a família não existe no gabinete deste senhor” (veja abaixo).

A bancada ruralista compareceu em peso ao evento, inclusive a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).

Em um primeiro filme divulgado nas redes sociais nas últimas semanas, Heinze diz que índios, quilombolas, gays e lésbicas são “tudo o que não presta” e que também estão aninhados no gabinete de Carvalho. O vídeo foi feito em uma audiência pública promovida pelos ruralistas, em Vicente Dutra (RS), em 29 de novembro. Na mesma gravação, Heinze e o também deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) estimulam produtores rurais a contratar segurança privada para proteger suas propriedades e expulsar índios das terras que consideram como suas (saiba mais).

Por causa das duas filmagens, organizações de defesa dos direitos de índios e quilombolas, inclusive o ISA, entregaram, ontem, uma representação à Procuradoria Geral da República pedindo que os dois parlamentares sejam investigados (veja aqui).

A Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara encaminhou, na semana passada, representações à corregedoria da casa e também à PGR contra Heinze e Moreira. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha também apresentou uma denúncia ao Ministério Público Federal contra Heinze.

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