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ISA está entre os finalistas do projeto Desafio de Impacto Social do Google

O projeto apresentado ao Desafio de Impacto Social Google | Brasil– Mini-Usinas Open Source de produtos da Floresta - está entre os dez finalistas. O anúncio foi feito hoje (29/4)
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Dos 10 projetos finalistas, quatro serão selecionados: um pelo público - que terá de hoje (29/4) até 8/5 para votar nos finalistas pela internet no endereço g.co/desafiobrasil - e outros três por um painel de jurados composto por Luciano Huck, Viviane Senna, MV Bill, Josué Gomes da Silva e Jacqueline Fuller. Os quatro vencedores receberão um Global Impact Award no valor de R$ 1 milhão. O Google irá ajudá-los a transformar o projeto em realidade.

O Desafio de Impacto Social Google | Brasil apoia organizações sem fins lucrativos que utilizem tecnologia e abordagens inovadoras para resolver grandes desafios. Assim, as convidou a apresentar projetos que usassem tecnologias para transformar vidas. O ISA aceitou o desafio e baseado em sua experiência com povos da floresta, elaborou um projeto de construção de miniusinas de processamento de produtos florestais não madeireiros, tais como: castanha do Pará, óleos de babaçu, castanha, andiroba, manteiga de cacau, cupuaçu, secagem de pimentas, produção de doces de frutas, frutas desidratadas, processamento de sementes florestais e borracha.

Assista ao vídeo e vote aqui

Inicialmente, o ISA propõe a realização de investimentos em 10 unidades de produção já existentes e a partir delas passar a gerar materiais para que outras organizações da Amazônia possam se inspirar e replicar as tecnologias propostas com as adaptações necessárias em cada local. A proposta é que as comunidades envolvidas melhorem suas alternativas de geração de renda, aproveitando mais a diversidade socioambiental de seus territórios, contribuindo para o desenvolvimento e a consolidação de uma economia florestal sustentável, e para o fortalecimento e a autonomia das comunidades e seus territórios.


Combinar tecnologias existentes é a pegada

A pegada desse projeto não está em desenvolver novas tecnologias, mas combinar várias tecnologias existentes, entre as que são de uso tradicional, com outras disponíveis no mercado, usando muitas vezes o mesmo equipamento em diversos processos produtivos. Essas tecnologias de processamento abrangem: (a)sistemas de desidratação de castanhas, pimentas e frutas alimentado por resíduos ou energia solar e sistema eletrônico de controle de temperaturas, (b) secagem de sementes para processamento de óleos num mesmo equipamento que serve para torrar farinhas e doces de fruta alimentado por energia solar e resíduos e sistema eletrônico de controle de temperaturas,(c) extração de óleos com extratora helicoidal adaptada para funcionar com os mesmos motores usados nos barcos regionais, (d) desumidificação e redução de temperaturas de ambientes para estocagem de sementes e outros produtos.

Uma das novidades é que as tecnologias terão especificações abertas (Open source), que serão disponibilizadas por meio de manuais, vídeos e outros materiais (ex.: componentes da miniusina disponíveis na forma de arquivos para impressão em 3D) organizados de forma a permitir fácil adoção por outras comunidades da floresta com apoio de suas organizações sociais, agentes do Estado ou ONGs, permitindo a combinação e adaptação aos materiais e tecnologias de domínio local.

Para se ter uma ideia, só na Amazônia brasileira existem mais de 120 milhões de hectares de áreas reconhecidas oficialmente e ocupadas por povos indígenas e populações extrativistas que desempenham papel fundamental na proteção de uma mega diversidade socioambiental e na manutenção de serviços ambientais estratégicos, ameaçados pela frente de expansão econômica e por atividades predatórias no seu entorno.

Economia de produtos florestais é estratégica

O desenvolvimento de uma economia de múltiplos produtos florestais é estratégico para assegurar a sustentabilidade e a integridade futura dos territórios dessas populações.

Embora o projeto esteja inicialmente focado nas populações tradicionais, essas tecnologias podem também ser utilizadas por agricultores familiares, por médios e grandes proprietários de terra que têm florestas em suas propriedades e pensam em promover o uso dessas matas de forma sustentável.

Se o projeto do ISA for um dos vencedores, duas mil pessoas poderão ser beneficiadas diretamente com o processamento de cerca de 100 produtos florestais nas 41 comunidades – entre indígenas, ribeirinhas e extrativistas - com as quais o ISA trabalha, e que ocupam 23 milhões de hectares, localizados nos estados do Pará, Amazonas, Roraima e Mato Grosso; e indiretamente centenas de outros povos e territórios da Pan-Amazônia.

Por isso, vote no ISA e divulgue junto às suas redes e aos seus amigos e familiares. Entre em g.co/desafiobrasil e VOTE!

ISA
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