Você está na versão anterior do website do ISA

Atenção

Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.

Parque Nacional Serra do Divisor faz 25 anos

Printer-friendly version

O Parque Nacional Serra do Divisor, localizado no bioma amazônico, foi criado em 19 de junho de 1989 e celebra 25 anos este mês. Com uma área de aproximadamente 846 mil hectares, está localizado na fronteira do Brasil com o Peru, mais precisamente a noroeste do Estado do Acre.

Seu nome origina-se da geomorfologia da região, que é um divisor de águas das bacias hidrográficas do Médio Vale do Rio Ucayali (Peru) e do Alto Vale do Rio Juruá no (Acre), cujos rios funcionam como a principal via de transporte da região.

Segundo o plano de manejo de 1998, ali residiam aproximadamente 522 famílias, posseiros em sua maioria, descendentes de seringueiros, que praticavam a agricultura de subsistência, extração da borracha e de fibras, caça e pesca. Um pequena área do parque - 0.29 % ou 2,5 mil hectares - sobrepõe-se à Terra Indígena Arara do Rio Amônia (AC).

A vegetação é composta de dois grandes sistemas ecológicos: Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta, com exemplares de palmeiras, cipós, bambus, orquídeas, e a presença da típica vitória-régia além de muitas flores coloridas. A fauna também é muito representativa com o registro de 1.233 espécies animais, das quais 90 são consideradas de valor especial para a conservação, e muitos estão ameaçadas de extinção como o macaco uacari-vermelho, o mico-do-cheiro, a onça-pintada, a anta, a preguiça, o quati, a tartaruga tracajá, o boto-vermelho, o tamanduá-bandeira, a lontra, o tatu-canastra, o macaco-cara-de-sola, a pacarana, o jabuti e o jacaré-tinga.

Embora o desmatamento acumulado no parque seja de 17 mil hectares, em grande parte dele os índices de preservação são altos, já que a geografia do local impõe dificuldades de acesso. Por outro lado, por essa razão, o parque conta com baixa infraestrutura para visitantes, e o acesso pode ser feito a partir de Rio Branco, capital do Acre, percorrendo 600 km de estrada de chão na BR-364, intransitáveis durante a maior parte do ano, ou por via aérea até a cidade de Cruzeiro do Sul e a partir daí seguir de barco por mais dois dias até os limites do parque.