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Inpe confirma aumento de 29% no desmatamento da Amazônia entre 2012 e 2013

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Taxa consolidada do desmatamento foi divulgada com atraso em relação ao que é previsto pela instituição responsável, cravando aumento dos desmates. Dado vem a público depois de solicitação apresentada pelo ISA por meio da Lei de Acesso à Informação
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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, hoje (10/9), finalmente, a taxa consolidada oficial do desmatamento na Amazônia para o período entre agosto de 2012 e julho de 2013, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (PRODES). Ontem, em resposta a um pedido feito pelo ISA por meio da Lei de Acesso à Informação, o Inpe informou que os dados seriam divulgados.

O dado preliminar – de 5.843 quilômetros quadrados, um aumento de 28% em relação a 2011-2012 – foi divulgado em novembro. A taxa consolidada informada hoje foi de 29% de aumento, num total de 5.891 quilômetros quadrados que sofreram remoção completa da vegetação, o chamado corte raso, naquele período (veja nota do Inpe).

A página do Inpe na internet afirma que os dados consolidados devem ser divulgados no primeiro semestre, ou seja, eles vieram a público só agora, com mais de dois meses de atraso. O governo tem adiado sistematicamente a divulgação das informações sobre desmatamento na Amazônia. A atitude vem gerando especulações sobre uma possível nova ascensão do ritmo da destruição da floresta, depois da queda contínua entre 2008 e 2012 (veja tabela abaixo).

No caso do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), o governo só comunicou os dados de junho e julho no final do mês passado, apesar da previsão de uma divulgação mensal. Esse sistema é usado para orientar as ações de fiscalização do governo, sendo bem mais rápido, mas menos preciso, identificando apenas grandes desmatamentos, e não indicado para cálculo de áreas totais desmatadas.

Apesar disso, o Deter pode apontar tendências. Assim, o dado divulgado no final de agosto mostrou um aumento de 9% dos alertas de desmatamento entre 2013-2014, o que é um indício de que a taxa oficial para o período, medida pelo Prodes, também pode ter crescido. Se a possibilidade for confirmada, será o segundo ano consecutivo de aumento.

Os dados de 2011, 2012 e 2013 do Mapeamento de Degradação Florestal na Amazônia (Degrad), que mede apenas a supressão parcial da vegetação, só foram divulgados em meados de agosto.

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