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Mudanças climáticas são piores para as mulheres

Você sabia que a população feminina deve sofrer mais com os impactos das mudanças do clima do que os homens? Esse e outros temas no podcasting "Entre no clima" dessa semana!
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Mudanças climáticas são piores para as mulheres. Você sabia que a população feminina deve sofrer mais com os impactos das mudanças do clima do que os homens? Pois é, segundo uma pesquisadora da Universidade de Sidney, na Austrália, a desigualdade entre os gêneros, especialmente nos países pobres, torna as mulheres mais vulneráveis a desastres naturais causados por mudanças climáticas. Um exemplo: em 1991, durante um ciclone que deixou mais de 150 mil pessoas mortas em Bangladesh, 90% eram mulheres. Em muitas sociedades, as mulheres são as principais responsáveis pela segurança alimentar e pela saúde das famílias. Por isso, o acesso à alimentação também deve ser mais difícil para elas em tempos de escassez. Os conflitos e migrações causados pelas mudanças no clima também aumentam a violência contra meninas e mulheres… A lista é longa e deixa clara a necessidade de políticas específicas para as mulheres contra o aquecimento global. Acesse o estudo.

E os países mais pobres estão dando uma lição aos mais ricos. É o que indica estudo recente da Sociedade dos Cientistas Interessados. Os estudiosos compararam as metas para a Conferência do Clima de doze países com grandes áreas de florestas - entre eles, o Brasil. A República Democrática do Congo foi o país que mais se destacou na criação de um acordo para a proteção de suas florestas. Por incrível que pareça, é também o país mais pobre analisado pelo estudo. A meta brasileira, considerada pouco ambiciosa pelos cientistas, quer zerar o desmatamento ilegal só em 2030, mas a proposta também só fala da Amazônia. O Cerrado, que é outro bioma muito ameaçado, nem é citado. O estudo confirma um padrão: em muitos casos, os países mais pobres apresentaram propostas mais consistentes, com ações mais específicas, do que os ricos.

Postos do Canadá vão ter avisos sobre combustíveis fósseis. E se os postos de gasolina tivessem mensagens de alerta sobre os prejuízos da gasolina e do diesel para o aquecimento global? Essa ideia vai ser realidade no Canadá! Na semana passada, a Câmara Municipal da cidade de Vancouver aprovou por unanimidade a proposta de adicionar os alertas às bombas de combustível. A ideia da ação é fazer com que os combustíveis fósseis sejam menos usados pela população nas atividades do dia a dia.

E não se esqueça! Dia 29 tem a Marcha Mundial pelo Clima, às 11h, na Av. Paulista, em São Paulo. A Marcha também acontece no Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba e outras capitais.

Acompanhe a cobertura do ISA na COP-21, direto de Paris, e acesse www.socioambiental.org/cop-21

Victor Pires
ISA