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A decisão do governo brasileiro de priorizar a construção de hidrelétricas, sobretudo na Amazônia, tornou-se tema de debate nacional em função das graves consequências socioambientais, elevados custos para os cofres públicos e escândalos de corrupção que têm caracterizado empreendimentos recentes, como a usina de Belo Monte (PA).
O tema será discutido no Congresso, nesta terça (6/12), com a realização do seminário “Hidrelétricas na Amazônia: Conflitos Socioambientais e Caminhos Alternativos”, das 9h às 18h, no Plenário 8 – Anexo 2, da Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento é uma iniciativa da Aliança dos Rios da Amazônia, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, da Frente por uma Nova Política Energética e do Grupo de Trabalho Infraestrutura em parceria com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.
O debate será divido em três grandes eixos: aspectos críticos do planejamento e licenciamento de hidrelétricas na Amazônia; responsabilidade socioambiental de agentes financeiros; e hidrelétricas na Amazônia e caminhos alternativos para a política energética nacional. Foram convidados representantes de diferentes setores do governo (ministérios de Meio Ambiente e de Minas e Energia), Ministério Público Federal (MPF), academia e sociedade civil. O evento vai contar com a participação de representantes de povos indígenas e outros grupos atingidos (ribeirinhos, pescadores e agricultores familiares) vindos de rios amazônicos que têm sido o alvo da construção de barragens nos últimos anos: Madeira, Tapajós/Teles Pires/Juruena, Xingu e Tocantins.
A iniciativa tem a parceria da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), da Conservação Estratégica (CSF), do Fundo Socioambiental Casa, Greenpeace, Instituto Centro de Vida (ICV), ISA, International Rivers, MPF, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Xingu Vivo, da Operação Amazônia Nativa (OPAN) e deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).
Nesta segunda (5/12), das 19h às 22:30h, no Centro Universitário IESB (Auditório Benedito Coutinho, SGAN, Quadra 609, Módulo D, L2 Norte) será lançado o novo documentário Belo Monte: Depois da Inundação, com produção da International Rivers (IR), Amazon Watch e Todd Southgate, com narração de Marcos Palmeira.
Haverá debate após o filme, com a presença de Antônia Melo e Raimunda Silva do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que aparecem no filme, e outros convidados especiais, como a atriz Maria Paula. Será lançada também publicação “Impactos Econômicos da Construção da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós: uma Análise do Provimento de Serviços Ecossistêmicos”, do Conservation Strategy Fund (CSF).
Neste ano, outras importantes obras já foram lançadas sobre o tema, como o documentário O Complexo (referente aos impactos na Bacia do rio Teles Pires, MT), com roteiro de João Andrade e Thiago Foresti e apoio do Instituto Centro de Vida (ICV) e International Rivers, e o livro Ocekadi: Hidrelétricas, Conflitos Socioambientais e Resistência na Bacia do Tapajós, entre outras publicações.
Lançamento do documentário Belo Monte: Depois da Inundação - segunda, 5/12, das 19h às 22:30h, no Centro Universitário IESB - Auditório Benedito Coutinho, SGAN, Quadra 609, Módulo D, L2 Norte
Seminário Hidrelétricas na Amazônia: Conflitos Socioambientais e Caminhos Alternativos - 6/12, terça, das 9h às 18h, no Plenário 8 – Anexo 2, da Câmara dos Deputados, em Brasília
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