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O ISA, a Associação Bem-Te-Vi Diversidade e a Editora Mil Folhas, do Instituito Internacional de Educação do Brasil (IEB), estão lançando, hoje (15/3), o Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade. O objetivo é reconhecer e promover iniciativas, individuais ou coletivas, que fazem a diferença para a ampliação, a conservação, o acesso, a distribuição ou o uso de produtos da agrobiodiversidade. E premiar, ainda, a produção intelectual sobre o tema.
O prazo para inscrição vai de 15/3 a 20/6 (baixe o edital e saiba mais).
O prêmio é uma homenagem a Juliana Santilli, advogada e jornalista, sócia fundadora do ISA, pesquisadora colaboradora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília e professora do Curso de Direito Ambiental do IEB.
Juliana era, ainda, promotora do Ministério Público do Distrito Federal, doutora em Direito Socioambiental pela PUC-PR e autora dos livros Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural, Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores e Agrobiodiversity and the Law: regulating genetic resources, food security and cultural diversity. Também escreveu diversos artigos sobre direitos socioambientais.
Ela faleceu em 2015, aos 50 anos, levando o carinho, reconhecimento e a gratidão de pessoas, famílias, comunidades e instituições que tiveram a honra de conhecê-la.
O prêmio Juliana Santilli será concedido em três categorias:
1.Iniciativas que façam a diferença promovendo a ampliação e a conservação da agrobiodiversidade,
2. Iniciativas que façam a diferença promovendo e estimulando a agrobiodiversidade em experiências de economia solidária e associativa, de agricultura urbana e no estabelecimento de circuitos curtos, aproximando a produção do uso.
3.Publicação de trabalho sobre socioagrobiodiversidade e suas interfaces.
Além do troféu Juliana Santilli e de selos de reconhecimentos, a premiação das categorias 1 e 2 será um auxílio financeiro na forma de custeio de intercâmbio, seja para conhecer outros projetos ou para receber visita de pessoas de outras iniciativas, e na categoria 3 será a publicação de um livro, pela Editora Mil Folhas do IEB.
Os recursos genéticos da biodiversidade são encontrados em animais, vegetais ou micro-organismos, por exemplo, em óleos, resinas e tecidos, encontrados em florestas e outros ambientes naturais. Já os recursos genéticos da agrobiodiversidade estão contidos em espécies agrícolas e pastoris. Comunidades de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e agricultores familiares, entre outros, desenvolvem e conservam, por décadas e até séculos, informações e práticas sobre o uso desses recursos. Esses são os chamados conhecimentos tradicionais.
Tanto o patrimônio genético quanto os conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade e à agrobiodiversidade servem de base para pesquisas e produtos da indústria de remédios, sementes, gêneros alimentícios, cosméticos e produtos de higiene, entre outros. Por isso, podem valer milhões, bilhões em investimentos. O Brasil é a nação com maior biodiversidade do mundo e milhares de comunidades indígenas e tradicionais, daí ser alvo histórico de ações ilegais de biopirataria.
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