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A terceira edição das Expedições Serras Guerreiras de Tapuruquara tem vagas abertas para seis datas, entre agosto e novembro de 2019. Os viajantes que embarcarem nessa imersão única no Rio Negro serão recebidos e guiados por comunidades indígenas na região de serras entre as cidades de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
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As Expedições, que partem de Manaus, são divididas em dois roteiros: Iwitera (serra) e Maniaka (mandioca). O primeiro tem perfil mais aventureiro e o segundo, mais cultural.
Elas dão sequência à implementação do projeto de turismo de base comunitária iniciado em 2016, que surgiu do interesse das comunidades indígenas em desenvolver um turismo que valoriza sua cultura, gera renda e engajamento dos jovens. As expedições são autorizadas pela Funai e têm perfil experimental: ajudam a aprimorar os roteiros e a capacitação das comunidades na gestão turística.
As Serras Guerreiras de Tapuruquara (Iwitera Maramuywera Tapuruquara Suiwara, na língua Nheengatu) ficam no município de Santa Isabel do Rio Negro (antiga Tapuruquara). Os povos indígenas que habitam essa região, de oito etnias, estão ali há milhares de anos.
Eles vivem suas tradições nas festas, danças, rituais, nos conhecimentos de agricultura e cultivo na floresta, na confecção de artefatos e utensílios de fibra e cerâmica e nas histórias e mitos. Tudo isso tendo como cenário a espetacular diversidade natural do Rio Negro.
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Ao todo, já foram oito viagens realizadas, com 67 viajantes de oito Estados. Eles visitaram cinco comunidades no Rio Negro, com impacto positivo para 495 pessoas de oito etnias. A renda total gerada para as comunidades foi de R$ 65,6 mil e 50% foram investidos coletivamente para melhoria de infraestrutura.
Das pessoas envolvidas com turismo nas comunidades, 42% eram mulheres
Uma das novidades deste ano é a junção dos dois roteiros na Expedição Serras Guerreiras de Tapuruquara a bordo do Untamed Angling (saída em 04/08; saiba mais: u-amazon.com), a partir da parceria com a Untamed Amazon, que firmou um termo de cooperação com as oito comunidades envolvidas no projeto.
A bordo de uma luxuosa e confortável embarcação — que serve de meio de transporte e hospedagem (há oito suítes premium, sala de estar e jantar e spa com jacuzzi e varanda) — os turistas têm a chance de visitar e fazer atividades em todas as comunidades.
Outra novidade é a oferta do roteiro Maniaka independente (saída em 15/11) — até o ano passado ele era realizado em conjunto com o Iwitera —, com transporte feito em barco regional. É a chance navegar pelo Rio Negro com tranquilidade, curtir a paisagem e interagir com o povo local também durante os trajetos de ida e volta (de Manaus a Santa Isabel do Rio Negro e de São Gabriel da Cachoeira a Manaus).
Viajantes de expedições anteriores ressaltam como as vivências foram transformadoras. “A experiência foi um mergulho na coletividade e em mim mesma. De diminuir o ritmo e de entrega ao fluxo da natureza, disse Eduarda Guimarães, viajante da Expedição Maniaka, de novembro de 2018. "Nunca vou esquecer o barulho das crianças pisando naquela areia de rio branquinha que fazia um som de cuíca.”
Para Andrea Rabinovici, que viajou na mesma expedição no ano passado, a viagem teve o poder de desintoxicar e criar novas perspectivas sobre as relações entre as pessoas. “A desconexão de redes sociais, telefone, televisão é uma experiência à parte, um plus detox da viagem. O tempo e a atenção sobram, redobram, transbordam. E a qualidade das conversas aumenta”, afirmou.
O projeto Serras Guerreiras de Tapuruquara foi desenvolvido pela Associação das Comunidades Indígenas do Rio Negro (ACIR) em parceria com a ONG Garupa, o Instituto Socioambiental (ISA) e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). Também conta com o apoio da Funai e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Desde o seu início, a Garupa e o ISA apoiam o processo de fomento do turismo a partir da avaliação dos roteiros turísticos elaborados pelas comunidades, coordenação das viagens-piloto, criação um plano de negócio para a operação, organização de estruturas de hospedagem e alimentação e da elaboração de um calendário para o turismo local. Saiba mais sobre essa história.
Ainda em fase experimental, a operação das Expedições 2019 é de responsabilidade da Garupa e do ISA.
Datas
Serras Guerreiras de Tapuruquara a bordo do Untamed Angling (8 dias): saída em 4/8
Roteiro Iwitera (10 dias): saída de Manaus em 13/09 (ÚLTIMAS VAGAS), 18/10 e 29/11
Roteiro Maniaka (8 dias): saída de Manaus em 22/09 (ÚLTIMAS VAGAS)
Roteiro Maniaka (10 dias): saída de Manaus em 15/11
Objetivo
Avaliar os roteiros turísticos elaborados pelas comunidades indígenas do Rio Negro. A viagem é uma das etapas da estruturação do turismo de base comunitária em terra indígena, alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.
Investimento
Serras Guerreiras de Tapuruquara a bordo do Untamed Angling (8 dias): R$ 15.000 à vista ou parcelado
Roteiros Iwitera (10 dias): R$ 6.960 à vista ou R$ 7.200 em 3x de R$ 2.400
Roteiros Maniaka (10 dias): R$ 6.810 à vista ou R$ 7.050 em 3x de R$ 2.350
Roteiro Maniaka (8 dias): R$ 7.260 à vista ou R$ 7.500 em 3x de R$ 2.500
Os pacotes incluem transporte a partir de Manaus, alimentação e todas as atividades previstas nos roteiros. Há apenas 11 vagas por Expedição.
Mais sobre as expedições e o projeto: serrasdetapuruquara.org