Você está na versão anterior do website do ISA

Atenção

Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.

Waimiri Atroari denunciam agressão de deputado estadual que arrebentou corrente

Esta notícia está associada ao Programa: 
Segundo nota, Jeferson Alves (PTB-RR) manteve dois indígenas em cárcere privado antes de cortar corrente que restringe o acesso à Terra Indígena e protege a fauna do tráfego noturno na BR-174
Printer-friendly version

Os Waimiri Atroari manifestaram seu repúdio contra o deputado estadual Jeferson Alves (PTB-RR), que arrebentou a corrente na entrada da Terra Indígena Waimiri Atroari. A ação foi gravada em vídeo, e mostra o momento em que Jeferson, acompanhado de outras pessoas, corta a corrente utilizada pelos Waimiri Atroari para restringir o acesso à TI durante a noite com o intuito de proteger a fauna.

Segundo o documento, o deputado coagiu e manteve em cárcere privado dois indígenas. A corrente é usada pelos indígenas para controlar o acesso de carros entre às 18h e 5h. Até às 22h, são permitidos veículos transportando alimentos perecíveis. Ambulâncias, carros de autoridades públicas, ônibus de passageiros e outros veículos de emergência tem passagem liberada durante a noite inteira. A restrição foi feita porque milhares de animais estavam morrendo atropelados todas as noites na estrada, que atravessa o território e foi construída sem a autorização do povo indígena.

A fiscalização foi implementada pelo exército na década de 1970. Na década de 1990, esse controle foi transferido para os indígenas. A nota aponta que a conduta do deputado recorre em nove crimes previstos no Código Penal. O Ministério Público Federal já foi acionado. Além disso, segundo a nota, a Associação que representa os Waimiri Atroari vai entrar na Justiça para requerer as medidas necessárias. Leia aqui a nota na íntegra.

A BR-174 foi construída durante a ditadura militar. Durante a obra, os Waimiri Atroari foram dizimados. Quase 90% da população morreu em decorrência da violência estatal e de doenças. Leia mais aqui.

ISA
Imagens: 
Arquivos: