Você está na versão anterior do website do ISA

Atenção

Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.

Manifestantes ocupam pacificamente sede da CNA, em Brasília

O principal alvo do protesto foi a presidente da instituição, senadora Kátia Abreu. A ocupação foi pacífica e não houve nenhum incidente
Printer-friendly version

Cerca de mil manifestantes que participam do acampamento da Mobilização Nacional Indígena, em Brasília, ocuparam, na tarde de hoje (3/10), a sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) por aproximadamente uma hora.

Eles entraram pelo portão e circularam pelo térreo do edifício, entoando cantos e dançando. A ocupação foi pacífica e não houve nenhum incidente. Vários funcionários observaram, nos andares superiores do prédio, a manifestação, tirando fotos e filmando. O clima foi de relativa tranquilidade durante o protesto (veja vídeo abaixo e galeria de fotos no final do texto).

“Estamos aqui, ocupando esta casa, porque ela é presidida pela senadora Kátia Abreu, a principal responsável por violar a Constituição Federal e nossos direitos”, discursou Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização que convocou a mobilização (veja vídeo abaixo). A multidão respondeu ao discurso da líder indígena com o coro “Fora Kátia Abreu. Fora Kátia Abreu!”

Kátia é uma das principais lideranças da bancada ruralista e tem defendido uma série de projetos que atentam contra os direitos dos índios sobre suas terras. Recentemente, ela apresentou no Senado um projeto para impedir a demarcação de terras indígenas em áreas onde haja conflitos de terras.

Pela manhã, a senadora foi alvo de um enterro simbólico, no gramado em frente ao Congresso. Ela foi “enterrada” pelos manifestantes junto com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (veja aqui).

Os protestos fazem parte da Mobilização Nacional Indígena, que começou na segunda (30/9) e vai até o sábado (5/10), quando a Constituição completa 25 anos. Estão acontecendo inúmeros protestos, trancamentos de rodovias, seminários e debates por todo País, em defesa da Constituição, dos direitos de povos indígenas e tradicionais. (saiba mais).

Oswaldo Braga de Souza
ISA
Imagens: