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Pressionados por linha de energia que pretende cortar seu território, os Waimiri Atroari vão a Brasília para buscar apoio à luta em defesa de seus direitos e são recebidos pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge
Entre os dias 22 e 25 de março, serão reintroduzidos 12 peixes bois da Amazônia na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus, localizada próxima ao município de Beruri (AM). A ação conta com a parceria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), junto ao Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia e o Museu da Floresta. Os animais reintroduzidos foram vítimas de caça ilegal ou então captura acidental por redes de pesca. O programa é essencial para a conservação da espécie do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), que está ameaçada de extinção. Saiba mais aqui.
A Comunidade Quilombola do Caçandoca, primeira do país a conseguir um decreto de desapropriação do governo federal por interesse social, manteve o reconhecimento de seu território de 890 hectares, em Ubatuba (SP). Para o MInistério Público Federal, órgão que pediu a manutenção do território, os atributos da área devem ser preservados a fim de garantir a reprodução física e cultural da comunidade. O caso tramitava a partir de um pedido de anulação da Portaria nº 511/2005, em mandado de segurança acolhido pela 5ª Vara Federal do Distrito Federal. Saiba mais aqui.
Possível expansão da área do Centro de Lançamento pode afetar cerca de 2700 famílias que habitam a comunidade quilombola em Alcântara (MA), e correm o risco de perder seu território. A ameaça iminente de consolidação da área militar coloca em estado de alerta cerca de 12 mil dos 78,1 mil hectares quilombolas assegurados desde 2008 pelo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação do INCRA (RTID). A base foi pauta de um recente Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), o qual concede o uso comercial para os Estados Unidos, que pode sinalizar a deixa para a ampliação da área. Saiba mais aqui e aqui.
A Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas promoveu o primeiro curso de formação de Arrais Amador para comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. O programa contribui para o fortalecimento e profissionalização do turismo de base comunitária da região, formando condutores navais e incentivando a legalização de profissionais que já atuam na área. O curso e a carteira náutica não tiveram custo financeiro para os comunitários. Saiba mais.
Após o anúncio do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre municipalizar a saúde indígena, os prefeitos do Paraná através da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) escreveram uma carta reivindicando que a alteração não aconteça. Os prefeitos alegam que, ao integrar o SUS, o atendimento à saúde indígena acarretará em desassistência, pois os municípios não têm condições econômicas de fornecer o atendimento diferenciado à saúde dos povos indígenas. Os prefeitos pedem a manutenção do atual modelo, isto é, o atendimento diferenciado é garantido pelas Secretarias Especiais de Saúde Indígena (SESAI), subsistema ligado ao SUS, sob responsabilidade e despesa do governo federal. A carta foi enviada para o Ministério da Saúde e também entregue ao Ministério Público do Paraná. Saiba mais aqui.
Lideranças indígenas da região de São Marcos, no município de Pacaraima (RR), fronteira com a Venezuela, recorreram à Comissão de Relações Fronteiriças da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para pedir apoio para uma reunião com o governo federal em Brasília, após a intensa migração de índios venezuelanos da etnia pemón para o Brasil. Com o conflito entre indígenas e homens do exército, no final de fevereiro, na Venezuela, o número de habitantes na comunidade em Roraima saltou de 248 para 836 pessoas. Os indígenas em Roraima se preocupam com a chegada do inverno por conta da presença de muitas crianças e idosos hipertensos e pretendem construir seis barracões para abrigar as famílias. A comunidade também relata temer represálias de grupos paramilitares ligados ao governo de Nicolás Maduro. Saiba mais.
O governo de Bolsonaro, por meio das pastas da Agricultura, Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Advocacia-Geral da União (AGU), trabalha na edição de um decreto para mudar o rito de demarcação de Terras Indígenas no país. O processo de demarcação passará ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que agora está no Ministério da Agricultura. A ministra da Agricultura Tereza Cristina relatou que a ideia é que o Incra passe a abrir licitações para terceirizar a contratação de equipes de antropólogos e outros profissionais encarregados de realizar os estudos de identificação e delimitação das terras reivindicadas pelos povos indígenas. Também cobiçam criar um Conselho Interministerial para dar a decisão final sobre as demarcações. Saiba mais.
Na sexta-feira (15), o pastor Terena Henrique Dias assumiu a coordenadoria da Funai em Campo Grande (MS). Lideranças indígenas acreditam em reaproximação entre as comunidades e a administração do órgão. Henrique Dias afirmou manter proximidade com duas ministras do governo Bolsonaro: Tereza Cristina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Damares Alves, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Saiba mais aqui e aqui.
Perfil da Família Beneficiária da RESEX Tapajós Arapiuns (PA)
A Portaria ICMBio n° 100/2019 aprovou o perfil da família beneficiária da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, no estado do Pará, criada em 2004. Para fins de caracterização do perfil da família beneficiária, são considerados os seguintes critérios: (1) autorreconhecimento ou autoidentificação como integrante de grupo; (2) ancestralidade, ascendência e histórico de ocupação no território; (3) uso habitual e legal dos recursos naturais para a manutenção e para a melhoria do seu modo de vida tradicional; (4) dependência do território para sua reprodução física, social, cultural, religiosa e econômica e (5) utilização, preferencialmente, de mão-de-obra familiar ou mutirão comunitário nas atividades econômicas e de produção ou prestar serviços públicos. Acesse a íntegra da portaria (DOU 19/03/2019).
Conselho Nacional de Saúde aprova diretrizes referentes à definição de prioridades e serviços públicos de saúde
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde publicou, no DOU de 20 de março, a Resolução Nº 614, que aprova as diretrizes referentes à definição de prioridades e serviços públicos de saúde, que integrarão a programação Anual de Saúde e o Projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias da União para 2020. Entre as diretrizes, destaca-se o aprimoramento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, baseado na atenção diferenciada, no cuidado integral e intercultural, observando as práticas de saúde tradicionais, com controle social, garantindo o respeito às especificidades culturais, com prioridade para a garantia da segurança alimentar e nutricional. As diretrizes deverão ser compatibilizadas com as deliberações a serem aprovadas na 16ª Conferência Nacional de Saúde, a ser realizada de 04 a 07 de agosto de 2019. Saiba mais aqui e aqui.
Projeto de desenvolvimento Regional Integrado Sustentável em Tocantins
Sob portaria de número 09, do último dia 15, foi instituída a Unidade Técnica Executiva do Projeto de desenvolvimento Regional Integrado Sustentável - UTE/SEMARH-PDRIS, com principal objetivo de coordenar e realizar as ações do subcomponente Melhoramento do Gerenciamento Ambiental e Desenvolvimento Rural. A UTE tem como objetivo dar suporte técnico e licenciatório aos contratantes dos serviços da mesma. Saiba mais aqui.