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Como é ser mulher indígena hoje?

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Com uma programação especial para a “Semana do Índio”, de hoje (18) até sexta-feira o ISA apresenta trajetórias de mulheres indígenas de diferentes regiões no Brasil, destacando iniciativas e revelando os desafios enfrentados por elas
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Todos os anos o Instituto Socioambiental tem produzido conteúdos para a “Semana do Índio”, como forma de fazer os povos indígenas no Brasil mais conhecidos e de enfrentar as ameaças aos seus direitos. Em 2016, é a vez de chamar atenção para as muitas formas de ser mulher indígena no Brasil, com uma série de especiais sobre suas realidades.

Para começar, foi lançado nesta segunda-feira (18/4) o especial “Mulheres Yanomami em Movimento”, contando detalhes sobre uma das iniciativas das Yanomami, que vivem nos estados de Amazonas e Roraima. Reunidas no mês de março, mais de 100 mulheres de diversas aldeias da Terra Indígena Yanomami realizaram seu 9º Encontro, no qual tiveram longas conversas sobre questões que as afetam diretamente - thuë thëpë noathayu, na língua Yanomami, “conversa entre mulheres”.

Na terça-feira (19), o público conhece Estela Vera, uma rezadora - ou opuraheiva - do povo Ava Guarani, que vive na região de fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. No depoimento “Se não tiver mais reza, o mundo vai acabar”, Estela fala da importância de suas rezas/cantos para a produção da vida social e dos mundos Guarani e Kaiowá. O relato foi colhido pela antropóloga Lauriene Seraguza e pela professora guarani Jacy Caris Duarte Vera e é o primeiro da série “Palavras indígenas”, que abre a próxima edição do livro Povos Indígenas no Brasil 2011-2015 que o ISA lança em 2016, com falas de mulheres de vários povos.

Dia 20 é a vez do especial “Conexões Mulheres Indígenas”. Trata-se de um canal de diálogo entre mulheres indígenas de diferentes povos e regiões do Brasil por meio de áudios do WhatsApp. Falando de suas realidades umas para as outras e conversando sobre os desafios de ser mulher indígena hoje, essas mensagens serão disponibilizadas em um site especial, com os perfis das participantes, informações sobre as realidades de seus povos e os áudios na íntegra.

Além disso, o site Povos Indígenas no Brasil ganha na quinta-feira (21/4) uma seção específica com materiais de apoio para organizações indígenas, todas disponíveis para download. Espera-se que eles sirvam para fomentar ainda mais o protagonismo dos povos indígenas - e das mulheres indígenas.

A semana se encerra com uma entrevista exclusiva de Sonia Guajajara, a mulher que está à frente da Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (Apib). Junto com outras organizações indígenas, a Apib realiza no próximo mês de maio o 12º Acampamento Terra Livre, em Brasília (DF), contra os ataques aos direitos indígenas pelo Legislativo, Executivo e Judiciário.

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