Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.
Subir a trilha do Yaripo (Pico da Neblina) com os Yanomami, caminhar pelo Parque Indígena do Xingu e conhecer a fundo mais de 580 Terras Indígenas no Brasil são algumas experiências proporcionadas pelo ISA aos usuários do novo Google Earth, que é lançado no Brasil nesta terça (11/7). Navegue aqui.
Durante o evento "Eu sou Amazônia", que aconteceu no escritório do Google em São Paulo, o público teve acesso em primeira mão a histórias interativas contadas através de mapas, uma das novas funcionalidades do Google Earth, que agora pode ser acessado a partir de qualquer dispositivo com um navegador de Internet. São um total de onze histórias, três em parceria com o ISA, uma com a Associação de Remanescentes Quilombolas de Oriximiná e ainda histórias sobre os povos Yawanawá (AC), Tembé (PA), Cinta Larga (MT) e Paiter Suruí (RO).
Aldeia Pedra Branca, Terra Indígena Krahô (TO), em 1983
As histórias contadas pelo ISA revelam experiências que já são desenvolvidas em projetos da organização com seus parceiros indígenas e na missão de comunicar ao grande público a importância de suas culturas, terras e direitos. Em “Eu sou aventura”, o público é guiado pelo Yaripo ou Pico da Neblina (AM), na fronteira com a Venezuela, pelos Yanomami e conhece o inovador projeto de turismo sustentável que eles estão construindo, com o apoio do ISA, da Funai e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para proteger o ponto mais alto do Brasil, dentro da Terra Indígena Yanomami, e apresentá-lo aos napëpë (não indígenas).
Uma espécie de atlas das Terras Indígenas no Brasil é outra das novidades do ISA no Google Earth. Agora, para além dos mapas e informações gerais sobre todas as Terras Indígenas no Brasil que o ISA disponibiliza em seus sites, os usuários acessam perfis especiais de mais de 580 terras e conferem detalhes da história de 20 delas, dos povos que as habitam e dos desafios que enfrentam na atualidade. O objetivo é dar ainda mais visibilidade, em um novo formato, à luta pela demarcação das Terras Indígenas - direito conquistado pelos povos indígenas na Constituição de 1988, mas que vem sendo violentamente ameaçado nos últimos anos.
Yanomami na Comunidade Ariabu Yanomami, próxima ao Yaripo (AM)
Já a história “Eu sou resiliência” complementa o primeiro filme em Realidade Virtual feito pelo ISA, o Fogo na floresta, que leva o espectador para dentro do cotidiano da aldeia Piyulaga, do povo Waujá (ou Waurá), no Território Indígena do Xingu (TIX) e apresenta uma ameaça que paira sobre todos os povos na Amazônia: o fogo fora de controle. O manejo do fogo, praticado há milênios pelos povos indígenas na abertura de roças, está sendo impactado pelas mudanças climáticas e pelo desmatamento no entorno do Parque Indígena, colocando em risco as florestas e matas que os xinguanos lutam para proteger.
Segundo Rebecca Moore, diretora do Google Earth, apoiar os povos indígenas é a melhor forma de proteger a floresta amazônica, já que são eles que mantêm a floresta em pé. "Acreditamos que dar visibilidade é a melhor forma de proteger esses povos e seus territórios", avalia André Villas-Bôas, secretário-executivo do ISA. "Estamos felizes de poder colaborar com a nova versão do Google Earth, uma ferramenta potente para aumentar o controle social sobre a diversidade socioambiental do Brasil e do planeta".