Você está na versão anterior do website do ISA

Atenção

Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.

Carbono Nascentes do Xingu é validado por organização internacional

Esta notícia está associada ao Programa: 
Iniciado pelo ISA e produtores rurais com a empresa de cosméticos Natura, projeto que prevê a redução de emissões de gases de efeito estufa por meio da restauração de áreas degradadas ganha certificação da Rainforest Alliance, que monitora sua implementação
Versão para impressão

Um dos primeiros projetos sobre sequestro de carbono na Amazônia e especialmente em Mato Grosso acaba de ser certificado pela Rainforest Alliance pelo padrão CCB (Clima, Comunidades e Biodiversidade), organização internacional que verifica seu desenvolvimento e implementação. O Projeto Carbono Nascentes do Xingu, em curso desde 2011, em Santa Cruz do Xingu (MT), prevê a redução de emissões de gases de efeito estufa por meio da restauração de Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e de Reserva Legal degradadas. É uma grande conquista para o projeto iniciado pelo ISA e produtores rurais e que contribui de maneira objetiva para a implementação da Lei florestal nº 12651/2012 no município.



A certificação da Rainforest Alliance começou em 2013 e é essencial para a continuidade do projeto, cuja expectativa é capturar 61.533 toneladas de CO²e (Dióxido de Carbono equivalente) em Santa Cruz do Xingu no prazo de 30 anos, a partir da restauração florestal.

O primeiro contrato pelo qual a Natura compraria créditos de carbono para compensar suas emissões de gases de estufa, envolvia apenas o ISA e previa restaurar 116 hectares. O segundo contrato veio depois, entre a Natura e a Associação Xingu Sustentável (AXS), formada por produtores rurais de Santa Cruz do Xingu, tendo o ISA como co-realizador, para restaurar 181,1 hectares. O terceiro projeto, no qual o ISA entrou como parceiro, foi assinado este ano sob inteira responsabilidade da AXS, envolvendo a restauração de 220 hectares e quase R$ 3 milhões.

“A certificação e validação do processo era condicionante para que o projeto acontecesse como queria a Natura”, explica o coordenador do Programa Xingu do ISA, Rodrigo Junqueira. “Tem a ver com a entrega das quantidades de carbono mas não só, porque deve levar em conta também relações justas e igualitárias com a comunidade além de geração de renda e os aspectos relacionados com a biodiversidade”.



Apresentado pelo ISA em parceria com o ICV (Instituto Centro de Vida)em resposta a um edital da Natura, o projeto começou a sair do papel em 2011 com a entrada em cena dos produtores rurais de Santa Cruz do Xingu que formaram a AXS e passaram a tocar o projeto em conjunto. Muitos desses produtores necessitam restaurar suas áreas degradadas e adequar suas propriedades para eliminar seu passivo ambiental e agregar valor aos seus produtos.

A próxima etapa será a verificação do andamento do contrato que acontecerá de cinco em cinco anos.

Inês Zanchetta
ISA
Imagens: 

Comentários

O Instituto Socioambiental (ISA) estimula o debate e a troca de ideias. Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião desta instituição. Mensagens consideradas ofensivas serão retiradas.