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O assassinato de líderes indígenas e ambientais em todo o mundo vem se tornando cada vez mais frequente e a impunidade corre solta. No último 16, morreu o líder indígena Rarámuri e defensor da floresta Isidro Baldenegro. Ele tinha 51 anos, e dormia na casa de uma tia na pequena comunidade de Coloradas de la Virgin, a oeste de Sierra Madre, nas montanhas de Chihuahua, no México. Baldenegro havia regressado à sua comunidade para visitar uma tia seriamente doente. Na noite de 15 de janeiro, ouviu chamarem seu nome enquanto dormia. Levantou-se e foi até a porta ver quem era. Foi recebido com seis tiros de pistola disparados por um jovem. Morreu horas depois, no dia seguinte.
Sobre o líder indígena pesavam várias ameaças de morte por conta de suas denúncias contra o tráfico de drogas e a extração ilegal de madeira da floresta. Havia dois anos que ele havia deixado a comunidade com a família e se mudava constantemente para fugir da violência e da impunidade.
Um dos vencedores do Prêmio Goldman em 2005, que a Fundação Ambiental Goldman, com sede na Califórnia (EUA), concede àqueles que lutam para defender seus direitos e a floresta, o líder Rarámuri foi homenageado por seu trabalho de desobediência civil sem violência. E foi o segundo premiado pela Goldman a ser assassinado nos últimos 12 meses. Em março de 2016, Berta Cáceres, líder do povo indígena Lenca, de Honduras, foi morta em sua casa, em La Esperanza.