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Noruega torna-se o primeiro país a assumir compromisso com o desmatamento zero

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O Parlamento norueguês anunciou que novas políticas de financiamento deverão ser regulamentadas reafirmando seu compromisso de não contribuir para a destruição das florestas tropicais
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O jornal britânico Independent noticiou em sua edição do último sábado (4/6) que a Noruega se tornou o primeiro país do mundo a se comprometer com o desmatamento zero. O Parlamento norueguês afirmou que novas políticas de financiamento deverão ser regulamentadas e irão garantir que o País não contribua para o desmatamento da floresta tropical. A Noruega é o país que mais investe em ações de conservação e preservação de florestas tropicais em todo o mundo, apoiando programas de direitos humanos para os povos da floresta.

O diretor de Política e Campanha da Fundação Rainforest da Noruega, Nils Hermann Ranum, disse em depoimento: “Esta é uma importante vitória na luta para proteger as florestas tropicais. E que nos últimos anos muitas empresas se comprometeram não adquirir produtos provenientes de desmatamento. Mas que compromissos similares não foram assumidos pelos governos e é extremamente positivo que o Estado norueguês esteja adotando essa política para financiamentos públicos".

Há anos que a Fundação Rainforest da Noruega faz campanha para que o governo norueguês adote o compromisso com o desmatamento zero. O Instituto Socioambiental (ISA), que tem na Rainforest um parceiro histórico, aplaude a medida. “A Noruega, que já era o maior financiador mundial de ações em favor do clima e do desmatamento das florestas tropicais, reafirma agora que seu compromisso é bem maior, que vai além de sua atuação na cooperação internacional”, avalia a coordenadora do Programa Direito e Política Socioambiental do ISA, Adriana Ramos.

A matéria do jornal informa ainda que, em 2014, a Noruega fez declaração conjunta com a Alemanha e a Grã Bretanha, durante reunião da cúpula do clima da ONU, em Nova York, comprometendo-se a encorajar compromissos nacionais em favor de cadeias produtivas livres de desmatamento, inclusive através de políticas de aquisição de commodities, tais como óleo de palma, soja, gado e produtos madeireiros, de origem sustentável. Esses produtos, de acordo com a organização Climate Action, vindos de sete países com altas taxas de desmatamento, foram responsáveis por 40% do desmatamento total das florestas tropicais e por 44% das emissões de carbono a eles associadas, entre 2000 e 2011.

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