Essa é a versão antiga do site do ISA que ficou no ar até março de 2022. As informações institucionais aqui contidas podem estar desatualizadas. Acesse https://www.socioambiental.org para a versão atual.
Na noite de ontem (24), dois invasores armados entraram na Terra Indígena Capoto Jarina (MT), após destruírem e dispararem ao menos 29 tiros sobre a barreira sanitária construída pelos indígenas na entrada do território. De carro, eles passaram pela aldeia Piaraçu e seguiram para o município de São José do Xingu. Ninguém ficou ferido, mas os Kayapó temem novos ataques.
As lideranças da aldeia acionaram a polícia, que foi até o local na mesma noite. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e os suspeitos estão sendo investigados. Com medo de represálias, os indígenas vão manter distância do que restou da barreira, feita para manter o isolamento das comunidades e protegê-las da Covid-19.
Em nota, o Instituto Raoni, que representa os Kayapó, repudiou o ataque: “Em meio ao caos imposto pela pandemia da Covid-19, atentados e ameaças a integridade física dos territórios e povos indígenas são episódios frequentes em nosso país. O Instituto Raoni repudia toda e qualquer manifestação de violência, desrespeito e intolerância contra os indígenas e exige uma resposta das autoridades em relação a esse ataque”, diz o texto. [Leia na íntegra]
A Terra Indígena Capoto Jarina, morada do cacique Raoni, já contabiliza duas mortes e 114 casos de Covid-19, segundo o DSEI Kayapó do Mato Grosso. A barreira sanitária, construída em março, busca evitar a circulação de pessoas dentro do território, que é cortado pela MT-322.
Anexo | Tamanho |
---|---|
Nota Instituto Raoni | 31.4 KB |