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O selo Origens Brasil, lançado na última terça-feira, 22/3, em São Paulo, reuniu mais de 100 pessoas no salão do restaurante Dalva e Dito. Entre elas estavam representantes dos produtores indígenas dos povos que habitam o Parque Indígena do Xingu e do povo Kaiapó, em Mato Grosso, e de produtores extrativistas das Reservas Extrativistas da Terra do Meio, no Pará.
Origens Brasil é uma iniciativa que visa dar mais transparência às cadeias de produtos da floresta, assegurando sua origem e ajudando o consumidor a identificar empresas que valorizam e respeitam, em suas práticas, os Territórios de Diversidade Socioambiental, como é o caso do Xingu.
O selo nasceu da percepção das populações tradicionais da Amazônia, de algumas ONGs que atuam junto a elas, e de algumas empresas, da necessidade de se ter uma ferramenta que distinguisse estes produtos no mercado e incorporasse seus valores como diferenciais. Durante três anos, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Socioambiental (ISA) estudaram mecanismos que respondessem tecnicamente a essa demanda (saiba mais).
A conclusão desse trabalho, que contou com o apoio de diversos profissionais, culminou na criação do Origens Brasil® , que parte do reconhecimento de que a atividade agroextrativista exercida pelas populações tradicionais em seus territórios, tem baixo impacto sobre os recursos naturais, protege a floresta de usos predatórios, e permite a continuidade dos serviços ambientais. A busca de mercados diferenciados, a conexão entre empresas, mercado e os povos da floresta também é parte importante da iniciativa.
Estruturado para ser aplicado em diversos territórios, com o objetivo de ganhar escala e impactar, de forma positiva, um maior número de pessoas, o selo, que se inicia com o Território do Xingu, será ampliado, em breve, para outros territórios no Brasil. A escolha deu-se pela dimensão e importância do Território com 26 milhões de hectares de áreas protegidas, que vão do Mato Grosso ao Pará, atravessando os biomas Amazônia e Cerrado e onde vivem populações extrativistas e povos indígenas que falam 27 idiomas.
Veja algumas fotos do lançamento e assista aos vídeos.