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Assinado pelas associações de moradores das Reservas Extrativistas do Riozinho do Anfrísio (Amora), Iriri (Amoreri)e Xingu (Amomex) o manifesto, de 21 de maio último, solicita que o Comitê de Compensação Ambiental Federal, que decide sobre a destinação de recursos de compensação ambiental previstos em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, reconsidere a decisão, incluindo as Unidades de Conservação, que estão na área de influência indireta de Belo Monte.
"O fato de as terras indígenas da região serem vizinhas ou circundarem as unidades de conservação e terem sido consideradas sujeitas aos impactos da obra revelou que o critério de não inclusão de UCs como beneficiárias dos programas de compensação e mitigação foi mais político do que técnico, o que sem dúvida facilitou o licenciamento da obra", diz um trecho do manifesto.
Entretanto, a instalação da usina vem causando significativos impactos sobre essas UCs da Terra do Meio como invasões madeireiras, drástica redução dos recursos pesqueiros, desmatamento e degradação ambiental. Com a desativação dos canteiros de obras, prevista para o segundo semestre deste ano, as pressões devem se intensificar.
Por essa razão, as associações das Resex da Terra do Meio solicitam que a Câmara de Compensação Ambiental Federal reconsidere a decisão de forma a garantir recursos suficientes para a plena implementação e manutenção da integralidade do bloco de Unidades de Conservação da Terra do Meio e que "Ibama e ICMBio definam em conjunto com as populações atingidas um plano de mitigação, compensação e prevenção de impactos negativos para todas as Unidades de Conservação da Taera do Meio, antes da emissão da licença de operação da usina de Belo Monte".